Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2008

Liberdade ou solidão?

Solidão mata! Solidão desespera! Solidão não tem graça! Solidão grita no escuro! Solidão torna uma pessoa sem cabeça! Solidão, ah, essa... É uma simples desgraça!      A solidão  transporta-nos a ver este Mundo de outra forma. Já dizia Fernando Pessoa, “é querer estar preso por vontade".      Quando nos sentimos livres , temos a breve sensação de que a nossa massa cinzenta está a raciocinar. Sentimo-nos autónomos, sentimo-nos independentes, sentimo-nos contentes connosco próprios. Dito de outra forma, sentimo-nos felizes com aquele m omento, em que o estamos a viver. Mas ao termos liberdade , há sempre impedimentos. Não podemos gritar ao meio da noite para libertarmos o stress, não podemos dar de comer às crianças que necessitam porque pensam que as estamos a drogar, não podemos dizer ao Mundo o quanto nos sentimos felizes porque a população pensa logo que este ser humano é maluco. Não podemos fazer aquilo que nos apetece porque há sempre ilegalidades e oposições. Mas

Cinzento

     Quando olhava pela janela, via a alegria dos pássaros - com o seu piar barulhento e livres-; via as plantas, a fazerem aquele sorriso simbólico, por terem aquele ar tão bom; via aquela brisa que corria sem pressas.      Hoje… não. Tudo perdeu a cor. Os pássaros já não migram, as plantas murcham de tanta solidão. Mas que será preciso fazer para que o Mundo mude? O que será preciso fazer para pôr a comunidade feliz e com um sorriso que demonstra a felicidade que os rodeia? Nesta vida tudo é cinzento. É a nossa massa cinzenta, que não pensa (ou não quer pensar); é o nosso ar que está tão poluído… mas o que será mais importante, o nosso pensamento ou o nosso ar com que respiramos? Sem cabeça não se vai a lado nenhum! Mas sem ar, o ser humano não sobrevive. Eu apenas… quero um simples, singelo e modesto coração. O coração, ao menos trabalha como um motor, é um ser vivo! Mas esse coração trás benefícios e malefícios. Tanto pode trabalhar pelo lado certo ou pelo lado contrário.

Cheiro a pó

Aquele horror era forte. Gonçalo entrou na sala velha e decadente, assustou-se de rompante. Deu um pequeno gemido, mas o silêncio pairava no ar com um odor forte. A sala não tinha qualquer material eléctrico, continha apenas dois sofás - já rotos e cheios de pó -, um tapete - já velho e sem marcas de pisadelas, uma cadeira baloiçante, um gira-discos e um simples candeeiro de tecto, com a luz fundida. As janelas, visivelmente velhas com toda as suas tintas a saltarem da madeira, ainda serviam para esconder o frio e o vento que se fazia sentir na rua, nas noites de Inverno. - Que sala, tio Jeremias! Não tens nada eléctrico, a não ser este pobre candeeiro! Nem uma televisão, nem um computador portátil, que agora toda a gente tem, nem uma consola ou uma XBOX que nunca deixou de estar a “rular”. Enfim… como consegues aqui viver? – disse Gonçalo estupefacto. - Gonçalo, não preciso disso tudo que disseste. Levanto-me, como e deito-me. É a minha rotina há anos. Não meto um pé aqui na sal