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A mostrar mensagens de julho, 2011

Despedida

     Estou fechada entre estas quatro paredes, entre estes membros insensíveis. Em plena e sublime prisão. O que de dia parecia radiar luminosidade e vivacidade, agora tudo se torna obscuro, negro e assustador. Tenho medo... Medo da noite, medo de adormecer sem te dar um beijo de boa noite. Odeio despedidas. Despedidas sem um adeus ternurento. A separação é sofredora. O encontro é incerto neste tempo sem fim e sem pecado. Não preciso que compreendas isto, só preciso que me compreendas a mim. Lá encontrarás as respostas às minhas preces. Não vamos brincar às bonecas nem aos fantoches. A realidade não aparece. O imaginário é agigantado de tal forma que perco a noção de tudo neste mar de ideias vagas e imprecisas. Vem, sem brincar. Eu aceitar-te-ei.