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A mostrar mensagens de janeiro, 2016

Diz-me

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Diz-me que me queres. E que me desejas. Diz-me que gostas dos meus olhos. E de como eles te observam. Diz-me que não te cansas de me ver. E de me tocar. Diz-me que gostas de me ver nua. E de ser só tua. Diz-me que adoras ver-me dormir. E que amas adormecer-me. Diz-me que o nosso amor é bom. E que o nosso sexo é melhor. Diz-me que adoras os meus lábios. E que amas que morda os teus. Diz-me que adoras ouvir-me respirar. E que amas deixar-me sem respiração. Diz-me que me amas. E que sou a única no teu mundo. Diz-me que me sim a tudo... até deixares de me amar.

Influências: "Contos e Diário" de Florbela Espanca

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Lição #1: "Um caiu mais cedo, outro mais tarde; que lhes importa?", já dizia Marco Aurélio, citado por Florbela Espanca. Florbela Espanca, apesar de ter ficado conhecida por poetisa, não só em versos e rimas exprimiu a sua alma. No livro, que agora farei um curto review , é composto por esplendorosos contos e um diário sofredor, nos quais prevaleceram a sua fé no amor, com constantes transições para a sua libertação. A obra foi redigida após o falecimento do seu irmão, característica notória do fado e tom pesado com que cada palavra é impregnada na obra. Foi exatamente esta obra que me abriu as portas ao mundo, impulsinando o meu recomeço existencial. O meu intelecto apagado e ainda por descobrir. O karma com que este livro me foi oferecido não passou em branco para a reflexão que me apronto a fazer. Não somos donos do nosso destino, como tão bem nos é passado de boca-em-boca. Assustei-vos? Pelo menos, não creio nisso mesmo. Pois bem, é deste assombroso assunto que

Carta à minha mãe II

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Mãe, não me canso de te escrever. Para ti, as palavras nunca serão suficientes. Muito menos encontrarão finitude. Incorro no erro de dizer que nenhuma palavra te preenche. Nenhum sorriso meu será suficiente para te retribuir. O meu coração conforta-se com o teu amor. E que amor tão poderoso... Sábios são aqueles que dizem que amor de mãe não se encontra igual. E, efetivamente, não há. Nem haverá amor parecido a estas duas almas destinadas. Tua e minha, minha e tua. Creio convictamente que vivemos um destino único. Exclusivo. Arrelio-me por pensar em te perder. Mas, como te perco, se somos corações infinitos? Estremeço, só da ternura com que me contemplas. Egoísmo poético, verdade de facto. Mãe. Meu poço de amizade. De felicidade plena. De esperança inigualável. Olhar que seduz tranquilidade. Encanta demónios. Prontifica anjos. Que missão bela transportaste à minha vida. Atiraste-me ao mundo. Impulsionaste a descoberta de mim. Assim, conquistaste o meu amor eterno... Estou-te

História de amor

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A música entorpece os meus sentidos. Faz-me recuar no tempo, em saudades infinitas. Leva-me a desejar futuro, de esperanças insanas. A música entorpece as minhas certezas. O coração encolhe. A mente entope. O coração aquece. A mente enloquece. - Quando voltas a cantar-me histórias de amor?

Luta do coração

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Equilibra a vida, clareia o sentimento. Não me culpes pela falta de tempo. Não partas, sem olhar para trás. (Abraça-me...) Se queres, conquista. Se escolhes, afasta-te! Melhor que ondas quebrar, ouvir vento soprar. Quantas notas preciso de entoar, para não deixares fugir meu amor? (Envolve-me...) Se queres, luta. Se escolhes, desliga-te! Procura um búzio escuta o meu coração. O teu tarda a chegar, fujo das amarras da saudade! Armas e bagagens nos muros da minha consciência. (Acarinha-me...) Eu amei e perdoei. Quando fizeste algo por mim?

Fode-me e consome-me

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Klimt Fode-me. Consome-me. Fode-me e consome-me até à última pinga de sangue bombeada nos ventrículos. O desejo que tenho em te apoderares de mim é imenso. Fode-me e consome-me até o nosso amor virar paraíso. O desejo que tenho de te apoderares de mim é sofredor. Fode-me e consome-me até derrubarmos as montanhas que impedem o nosso orgasmo. O desejo que tenho em te apoderares de mim é fervoroso. Fode-me e consome-me até os nossos sexos se cansarem de entradas e saídas desalmadas. O desejo que tenho em te apoderares de mim é inigualável. Fode-me e consome-me até florescer equiparadamente dor e prazer na nudez de dois sujeitos. O desejo que tenho em te apoderares de mim é soberbo. Fode-me e consome-me até sermos dois corpos num só amor. Sexos doridos. Almas conquistadas. - Marco hotel?

Mulher que admiro ser

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A mulher é a espécie humana mais espetacular de todo o sempre. Enfrenta a vida com uma vitalidade incrível. Arranja forças estonteantes, capacidades emocionais incríveis. Como mulher que sou, e mulher que admiro ser, amo-me. Amo-me sem fim! Que coisa estranha, dizem, mas tão real! Ora, façamos um review... Acordo com o cabelo deslinhado, olhos cheios de remelas e com o canto da boca a pingar, consequente de uma noite louca de sonhos, e pesadelos. Não me importo de meter medo logo pela manhã, mas é só num espaço de vinte minutos. (Esperem para ver!) Levanto-me de rompante, pois já passaram dez minutos do despertador ter tocado. Pés no chão frio, enfio umas pantufas de "ovelhas", como uma criança de dez anos. Mola na cabeça a segurar o cabelo desgrenhado. Rôbe posto, em janeiro faz frio. Direciono-me à casa-de-banho, quase que adormeço na sanita, e lavo a cara, na tentativa de melhorar o meu aspeto matinal.  (Falhei, as olheiras dão cabo de mim!) Os meus olhos

A minha batalha I

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Que murro bem duro no estômago! A pressão, a rudeza, o inesperado. Um golpe forte e destrutível ataca o silêncio do meu quarto. Consegue fazer mais barulho que a luta entre o vento e a chuva a desputar raivosamente a natureza. Retraio-me, na tentativa de diminuir a dor provocada, mas é impossível emudecer este sôfrego. Por espanto ou poesia, ele voltou para me donimar. Passados quase dois anos do acidente que marcou o meu ano de 2014, aparece uma carta, ternurenta, é certo, contudo, desperta pequenos monstros a quererem controlar-me. Monstros devoradores! Invasores. Querem ocupar a minha mente com amargos devaneios, acerca da existência da vida, da morte e das escolhas de Deus. Que fim encontro nisto? Não há respostas certas. Agora, nem as pretendo. Um dia as terei. - Não posso! Não consigo! Não quero! Não preciso de viver tudo novamente. É como voltar aos velhos amores, só trazem dissabores. Vivências passadas, choros cruéis, questões não respondidas. Não traz nada de novo...

Foge!

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Foge saudade dos tempos inglórios, De coração arritmado, de corpo estimulado. Foge! Das vitórias fachada, das derrotas evidentes. Sopra vento cruel, fragiliza montanhas, une esperanças. Foge! No humano da vida, emoções ruinosas. Saudade dos tempos inglórios! - Vens e ficas? Foge! Trazes recordações hediondas. Decadentes. Assustadoras. Segura-te! Fica certa, no engano das certezas. - Espero-te um dia?

Carta à minha mãe I

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Aquele aperto insano. Desmedido. Medroso. Incalculável. Ao mesmo tempo, louco de amor. Mãe, minha mãe, quão pavoroso é este medo que me assiste? Medo de ires e me deixares sem um beijo ou um sorriso. Pior, sem a tua proteção. O teu conforto. O pueril rasgar de lábios, que só tu me sabes colocar. Que viver é este, inconsequente, de me deixares sem aquela palavra tua, e minha, e nossa? Viver com duplas preocupações, com duplos medos. Medos, aqueles demoníacos que tinha ao adormecer na mais profunda escuridão. Medos que tu cobrias com um requentar de palavras doces, "estou aqui". E estás mesmo aqui, a aquecer-me a alma, o coração, o corpo, a vida. É natural eu ter estes medos? Diz-me que sim. Mas, fá-los desaparecer com a magia dos teus olhos ternurentos. Quero calma na alma. Quero viver a vida. Quero-te a ti. Infinita e poderosa no percurso da minha existência. Nas minhas quedas. Nas minhas vitórias. Mas a ti, inseparavelmente. Somos espíritos destinados?  Diz-me que si

Certeza no engano das certezas

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Quase dois anos depois... Aqui estou eu! Bem, não poderei dizer que sou o mesmo "eu", mas fisicamente sou este eu, que nasceu há 21 anos. Uns quilinhos a mais, no entanto, com os mesmo traços hereditários, que tão bem estimo. Nestes dois anos que passaram, o meu mais profundo rácio de personalidade mudou o modo como os meus olhos miram o futuro. Como eles interpretam almas. Como eles lêem corações. Como eles enfrentam responsabilidades. Como eles erradicam negativismo. Como eles se sobrepõem ao orgulho. Como eles... tanta vez se enganam na mais certa certeza de mudança. Descobri a minha paixão. Sim, paixão! Oh paixão! Tão boa que és no conforto da vida. Dizem, os experts na coisa, que quando se encontra a paixão de uma vida, nunca mais se quererá que fuja das nossas redes de sustento. Confirmo, com todo o certeirismo possível dos enganos das certezas. Comunicação, onde estás? Aqui, tão perto dos formigueiros que tens só de pensar em mim. Verdade! E que bela verdade! Doi