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A mostrar mensagens de maio, 2011

Perturbações

     Estou em pleno deserto de ideias vagas. Sinto-me nua de sentidos. Nua mesma. Preciso de algo que me dê animo para me erguer deste suplício. Não basta ideias idiotas de "segue em frente", "força", "tu consegues", "és forte"; é mais do que isso... E não são tão idiotas assim.      Sinto o meu coração a colidir com a minha alma incrédula. Os meus ventrículos estão ruidosos. A confusão reina no meu ser nada ingénuo (ou será?). Interrogações percorrem gravemente a minha suave vida. As antíteses, naturalmente, fazem parte dela - querer/não querer, ser/não ser. Incógnito.      Quero reinar o meu espírito, quero mesmo. Constantes entraves não desejados perpetuam-se. Hoje estou em perturbação plena e autêntica. Até a ordem das palavras que fragilizantemente saem das minhas cordas vocais estão trocadas. Perdão.  Vou contar um história:      Estava eu em plena travessa da minha aldeia quando, inesperadamente, alguém me chama. Parei. Não reconhe

Insana

A vida é uma imensidão de quebra-cabeças e estes malandros travam constantemente o nosso ritmo. O desespero surge num ensejo. Inesperado, acrescento. Todavia, apesar desta insanidade, eu adoro estes contratempos. Não consigo, de forma saudável e detalhada, descrever o por quê sem recorrer à loucura da minha mente. Sei sim que o meu coração se liga a estes momentos de uma forma esplendorosa, incrivelmente verdadeira. Estes jogos virados do avesso põem-me louca - quando digo louca, é mesmo louca! Podem-me tentar derrubar, empurrar contra a parede da pedra mais rija e duradoura que existir, imaginem só. No entanto, ergo-me contra tudo o que me fez "bater no fundo". Não é uma atitude corajosa... é uma atitude firme, convicta e num gozo que, efetivamente, irá ser o meu poço de tormentos. Será que gostarei de dor, mesmo sabendo que dói?