Chegamos a um ponto da vida que interrogamos a rotina, com enfoque no nosso destino. Questionamos e perspetivamos o que nos espera. O que faremos depois de concluirmos o curso. O que nos imaginamos a trabalhar daqui a dez anos. Decaem as preocupações em torno do que vestimos amanhã ou, até, da cor que pintamos as unhas esta semana. Reserva-se lugar, com direito a guardanapos de pano e copos vistosos, para o questionamento do que será o nosso trajeto daqui em diante. É nestes ensejos, assombrosos e admiráveis, que somos soqueteados no estômago, apedrejados na consciência, aniquilados nos valores. Percebemos que, mais do que a consternação do batom durar doze horas seguidas sem precisar de ser retocado, há um mundo à nossa espera. Da nossa ação, da nossa vivacidade, da nossa criatividade, do nosso desejo de conquista. Para isso, há visões que nos mudam. Há experiências que nos despertam. Há corações, como o meu, que ambicionam dar. Dar muito. Sem ficar à espera de troco. Bem, só se ...