Complexidade

     Estou numa fase em que a cor é fictícia. Tudo se agiganta à minha volta. Quero colorir tudo o que os meus olhos veem, todavia, tudo se apresenta sem risco nem rabisco visível. Será propositado? Tudo se torna demasiado complexo e confuso para o número de neurónios que possuo - ingenuidade, é aceitável que saiba isso. Sinto algo a transcender-me, não conseguindo tomar rédeas a esta incógnita. De forma alguma consigo controlar este súbito desconhecido; é como se tivesse nascido, crescido, aprendido, ter ganhado maturidade num outro mundo, deveras longínquo a este.
     Encontro-me num beco sem saída perceptível. Por mais que tente escolher um caminho, deparo-me com um real que não me dá opções possíveis. Uma realidade irreal, não me é claro. Todos os percursos parecem esconder-se a olhos vistos. Neste instante, a escuridão ganha força. Fico à espera de um abanão, senão entro em rotura.
Será esta a altura da vida, que toda a gente fala, em que nos é imperativo ver com a nossa mágica mente e não com os nossos olhos?

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