Obrigada, para sempre
Aquele relógio não pára... nunca parou! Tem pilhas vitalícias. (É) horrível esta sensação que surge no meu interior. Está pregado naquela parede feia, feita com frágeis e soltas pinceladas. A tinta escorreu rapidamente com o choque tremendo. O susto alastrou e o alarme chegou. Precisava de amor e carinho! Falta pouquíssimo tempo para ultrapassar um obstáculo da minha vida. Sim, eu, eu mesma. Um "eu" afrouxado, não o "eu" presente, mas o "eu" imaginário... talvez. O tempo é como um rio. Corre sem parar, tal como aquele relógio que dita as horas não parou. É neste preciso instante que tomo consciência de mim. Ainda há meses sofria amargamente, porque este ensejo tardava a chegar e, agora, (finalmente!) chegou. O nervosismo aperta, aperta, aperta... Adoro-o. Irei continuar a ser eu mesma, contudo, com uma outra pessoa dentro de mim. Não outro ser que respira, mas sim, um ser evoluído da básica e ingénua pessoa que habitava em mim. O orgulho ...