Inconsistência assertiva
Navego em perguntas. Derivo na inconsistência da minha alma. Assertiva, não obstante. Quero partir para um lugar. Seja ele qual for. Para me encontrar. Para me sentir verdadeiramente eu. Qual é a meta? Qual é linha final de toda a minha existência? Qual o meu propósito? Eu. Ser. Um dia. Eu, ser.
Vou continuar a olhar o pôr-do-sol como a melhor hora do dia. Para estabelecer paz comigo. Paz com a minha alma. Paz com o frenesim que criou raízes profundas no meu corpo. Desajeitado e sem crença. Questionar tudo só porque faz parte de quem sou. Até porque o sol se deita quando eu me sinto mais viva.
Não tardará para revelar toda a verdade que a minha alma procura encontrar ser. Terei sentimentos apagados? Coleto imagens de tudo o que me quero vir a tornar. Nada mais do que descobrir-me a mim, com todas as suas redundâncias. Quero fugir do coerente. Do que a sociedade impõe sobre os meus ombros como o caminho certo a seguir. Quero cometer as loucuras que o meu corpo pedir. Para ele se tornar um ser próprio. Com as suas histórias. Sem perder o destino não provocado.
Hoje, os meus grandes sonhos não estão mais sólidos. Estão mais reais e mais possíveis. Dependem de mim. E só de mim.
Até lá. Bem, vou continuar a aventurar-me nas minhas insónias. Tão adoradas, como odiadas.
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