Até ao deleite

Começa a surgir este verde furtivo,
Não se vêem cores nesta flora.
Só quem está fora
É que não vê tal esconderijo.

Esta estrada negro feio
Arruína os meus sentidos puros.
Oh raposas dóceis, oh coelhos seguros!
Sou eu, não tenhais receio.

Tudo muda. Tudo altera.
Que som infernal penetrante
Caminho apenas para um som pujante
Ultrapassando esta cratera.

Sobre este piso não estável,
Que me recorda o granito da serra,
Estou em subida constante,
Até à minha plena terra.

Ainda estou ao fim da cale
E já me soa afinal.
Não tenho vontade não
De parar em aflição.

Entrei, em passadas deixadas,
Que momento repleto de sensação!
Fazendo meu “eu” dar às asas,
Da minha elevação.

Estou em deleite cativante,
Neste entoar deslumbrante.

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